Página acrescentada em 25 de janeiro de 2006. -
Atualizada em dezembro 2020 Amauri Mesquita por Paulo Roberto Peralta
Nasceu em Florianópolis (SC) no dia 31 de janeiro de 1941, filho do oficial da aeronáutica Manoel Marinho Ferreira. Com 2 anos mudou-se para o Rio de Janeiro em função de uma transferência de seu pai e sua história automobilística começou aos 4 anos de idade quando no colo do pai dirigiu pela primeira vez um automóvel, só volante é claro, mas o suficiente para despertar a paixão por carros e depois por competições. A partir de então ele sempre acompanhava o pai e adorava ajudá-lo na manutenção e conservação do Ford 1936 da família. Em sua infância e juventude, na década de 50, foi expectador assíduo de todas as provas realizadas no Rio: Circuito da Gávea, Circuito do Castelo, Circuito da Praia de Botafogo, etc. Torceu pelo argentino, que se tornaria em 1957 pentacampeão mundial de Fórmula 1, Juan Manoel Fangio, pilotando uma Ferrari 166FL no circuito da Quinta da Boa Vista em 1952, e também os volantes: Henrique Cassini, Domingos Otolini, Xandinho, Ciro Cayres, Arthur de Souza Costa (marido de Emilinha Borba, cantora de sucesso na época) e outros, no Circuito do Maracanã. Início dos anos 60 tornou-se kartista e foi um grande incentivador da construção do primeiro Kartódromo no Rio de Janeiro. Já em 1963, com 22 anos, comprou seu primeiro carro, um DKW Vemag, e começou a participar de provas de Quilômetro de Arrancada, e de Subidas de Montanhas, tendo inclusive vencido, com recorde, a Subida de Furnas/Tijuca, considerada uma das maiores vitórias da Vemag naquele ano, tendo inclusive recebido o premio Esportista da Auto Union alemã por este grande feito. Em 1964, aos 23 anos, estreou em corridas de circuito fechado, em rua e depois nos autódromos. Seus carros eram próprios, nunca houve "paitrocínio", e um detalhe curioso é que andava de ônibus a fim de sobrar dinheiro exclusivamente para preparar seus carros para as corridas.
Trabalhando na área de seguros (técnico em seguros) Amauri foi desenvolvendo em paralelo sua carreira automobilística, chegando a vice-campeão carioca de turismo em 1964 e campeão no ano seguinte, 1965. Em abril de1967 não querendo ficar de fora da primeira prova do ano, correram, ele e Mario Olivetti, com um Volkswagen praticamente original sem quase nada de preparação, na categoria Turismo Força Livre. No mesmo mês os dois vão a Brasília participar do "III Mil Quilômetros de Brasília" com um carro FNM/JK 2000, ainda no ultimo dia do mês de abril participa novamente com seu DKW da primeira etapa do Campeonato Carioca em Jacarepaguá.
No mesmo ano,
no mês de maio, foi realizada no Brasil a primeira prova de Fórmula Vê,
disputada no Rio de Janeiro, dando inicio ao Campeonato Brasileiro e lá esteve ele participando
com um Spadaccini-Vê, carro que usou mais uma vez, passando depois
numa prova extra campeonato para um Aranae-Vê. Ainda em
1967 na primeira prova de Formula Vê realizada na cidade de
Niterói ele participou também com o um Sprint-Vê
Em 1968 na malfadada corrida “XI Circuito de Petrópolis” em 20 de julho de 1968, onde morreram o piloto Sérgio Cardoso, e também o "Cacaio" (Joaquim Carlos Telles de Matos), que tinha ido a Petrópolis só para assistir a corrida mas acabou ajudando como bandeirinha e foi atropelado tentando sinalizar aos amigos participantes a entrada de um caminhão de bombeiros na pista devido ao acidente com o Mark I de Carol Figueiredo na primeira curva do circuito, mesmo local do acidente no dia anterior com Sergio Cardoso. Nessa prova Amauri estreava uma Alfa Romeo GTZ (Zagato), mas após o acidente com “Cacaio” a prova foi interrompida e cancelada durante a terceira volta. Ainda no ano de 1968, Amauri importou um Mini Cooper S para competições e participou do Campeonato Subida de Montanha, perdendo apenas para uma Porsche 910. Participou também de provas no Autódromo de Jacarepaguá nos anos de 1968 e 1969, até o autódromo ser fechado para reformas, que duraram até 1971. Em sua corrida de estréia com esse carro, a 3ª etapa do Campeonato Carioca, quebrou um tensor da suspensão obrigando-o a parar, mas pelo numero de voltas ficou em 10º lugar.
Em 1970, Amauri participou do “Torneio Nacional de Ford Corcel”, com carros sorteados entre os pilotos, em Interlagos ficou no pelotão intermediário e em Jacarepaguá venceu a prova de classificação, mas na bateria final um aro de roda quebrado o fez abandonar a prova.
Foi um dos pioneiros da categoria Stock Car e fez a pole-position da primeira prova em julho de 1972, realizada no Rio de Janeiro no autódromo de Jacarepaguá, mas na corrida uma fechada o tirou da pista. A corrida foi suspensa na 6ª volta das 15 previstas. Amauri venceu a prova “I 25 horas de Interlagos” de 1973, na categoria, revezando-se em trio com os pilotos Newton Alves e Antonio Dias Ramos com o Chevrolet Chevette nº 30: 1º lugar na categoria e 6º lugar na geral. Na edição da mesma prova no ano seguinte (74) e em parceria com Carlos Andrade e J. P. Bucsky, pilotando o Ford Maverick V8, mas depois de 14 horas de corrida e estando em 7º lugar na classificação geral derrapou numa poça de óleo acidentando-se e perdendo todas as condições de terminar a prova.
Com essa marca de carro participou também, no ano seguinte
(75), do “XI
Mil Quilômetros de Brasília” com José Carlos Ramos, mas novamente
abandonou por quebra mecânica. Amauri foi casado desde 1962 e tem um filho e uma filha, mas está separado e mora no Rio de Janeiro
Participações em provas
(colaboração de Ricardo
Cunha) |
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